Recém-nascido, declarado morto e encontrado vivo, não resiste após quadro gravíssimo de saúde no Acre.
O bebê que havia sido declarado morto e surpreendentemente "acordou" durante seu próprio velório em Rio Branco (AC) não resistiu e faleceu. O caso chocou o país.
Um caso que chocou o Brasil teve um desfecho trágico: o recém-nascido que havia sido declarado morto e “acordou” durante seu próprio velório em Rio Branco, Acre, não resistiu ao delicado quadro de saúde e faleceu na noite de domingo (26/10). O bebê, que havia sido retirado do caixão ainda com sinais vitais no sábado (25/10), morreu em decorrência de choque séptico e sepse neonatal, conforme informou a equipe médica.
O drama começou na sexta-feira (24/10), quando o bebê, nascido prematuro extremo com aproximadamente cinco meses de gestação (23 semanas e cinco dias e pesando apenas 520 gramas), foi declarado morto pela equipe da Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco. O laudo médico inicial apontou morte fetal por hipóxia intrauterina.
Após o suposto óbito, a família recebeu o corpo para o velório.
A reviravolta ocorreu no sábado, momentos antes do sepultamento, quando uma tia da criança percebeu que o pequeno se movia e chorava dentro do caixão. O bebê, que havia passado cerca de 12 horas dentro de um saco usado para armazenar corpos, foi imediatamente levado de volta à maternidade, onde foi internado em estado gravíssimo na UTI Neonatal. A esperança, contudo, foi breve diante da extrema fragilidade de sua condição.
Investigações em Andamento
A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e o Ministério Público do Acre (MPAC) instauraram procedimentos para apurar as responsabilidades e os protocolos seguidos no caso. A Sesacre informou que todos os protocolos de reanimação foram seguidos na noite do parto e que o bebê foi entregue à família após a constatação de ausência de sinais vitais.
A diretora da unidade manifestou solidariedade à família e garantiu transparência na investigação interna.
Por sua vez, o MPAC requisitou informações detalhadas à Sesacre e à maternidade sobre o atendimento prestado, a equipe envolvida e os procedimentos adotados. A família relatou ao órgão que uma funerária particular já havia retirado o corpo para o sepultamento, e foi nesse momento que os sinais vitais foram constatados, adicionando mais uma camada de complexidade ao trágico episódio.
A morte do bebê reacende o debate sobre a precisão dos diagnósticos de óbito e a necessidade de revisão de procedimentos em casos de prematuridade extrema. O caso, que gerou comoção nacional, permanecerá sob investigação para esclarecer todas as circunstâncias que levaram a essa dolorosa sequência de eventos.
Por: José Carlos
